A
única coisa que sei de verdade sobre este mundo é que o tampo passa rápido. Ele
é como um cubo de gelo que vai derretendo e logo escapando por entre os dedos.
Entretanto, quando finalmente os problemas são colocados à margem para darmos
valor a vida e fazer o que queríamos fazer. “Puff”! Evaporou-se no espaço o seu
tempo.
Ás
vezes, eu paro e me pergunto: “E se todo o meu “cubo de gelo” descongelar hoje?
“Como vou abraçar o que era para ter abraçado ontem?” “O que farei com o perdão
entalado no orgulho?” “E o Eu te amo?” “Quando terei outra chance de dizer a
pessoa que me doou generosamente a sua luz?”
E
a resposta que obtenho é simplesmente: “Faça tudo agora!” Isso, de certa forma
veio dar-me um “tapa na cara” e principalmente me mostrar que o dia de amanhã
não está prometido para ninguém, para jovem ou velho hoje poderá ser a última
oportunidade de segurar bem apertado a pessoa que te puxa para a felicidade.
Não temos todo o tempo do mundo como os seres humanos se enganam, por isso, vamos
aproveitar e realizar tudo o que der na “telha” enquanto Deus nos permite
respirar.
Temos é
que trabalhar menos e amar mais sabe? Eu sei que o tão cobiçado dinheiro é
importante, mas eu também sei que quando você morre, no seu caixão não terá
espaço algum para as riquezas deste mundo. No mais, é a nossa alma o único
lugar que creio que a gente carregará o que nos fez melhores aqui na terra.
Porém, se tu não valorizas os efêmeros momentos ao lado de quem ama, se não ver
o que há de mais essencial numa gargalhada, num olhar quando fechar os olhos
para sempre a sua alma vai embora completamente vazia.
Portanto,
não deixe nada para depois. Não economize beijos. Não desperdice o seu “cubo de
gelo” com coisas inúteis. Não engula a seco palavras. Nem se afogue em “talvez”
ou em “tanto faz”. Transborde sentimentos sem se envergonhar. Sorria todas as
vezes como se fosse a última. Ame perdidamente todos a sua volta. Viva la vida!
E abrace, mas abrace com toda a sua força e de todo o seu coração os seus pais,
amigos, filhos enquanto estão aqui, pois quando eles virarem pó infelizmente não
se reconstruíram nem voltaram para nossos braços.