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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Paralimpíadas Escolares 2013



           Ganhar, perder e evoluir? Foi isso o que a vida me ensinou, principalmente nesses últimos meses.
Como dizia Renato Russo: “Quem acredita sempre alcança”, contudo, nos últimos tempos eu acreditei e alcancei tantos sonhos, tantos objetivos, dentre eles: a criação do projeto ”Acessibilidade por um mundo melhor”; a minha trajetória no Ensino Médio; e as Paralimpíadas Escolares.
Bom, para quem não conhece a Paralimpíadas Escolar é tida como o maior evento envolvendo esportes e pessoas com limitações, do qual tem como principal finalidade estimular a participação dos jovens estudantes com deficiência física, visual e intelectual de todas as escolas do território brasileiro em atividades esportivas e assim promover a ampla mobilização em torno de exercícios.
Em virtude disso, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) me concedeu a imensa honra de participar das Paralimpíadas Escolares 2013, sediada em São Paulo, sendo eu uma das atletas representantes do estado do Acre, na modalidade Bocha (Esporte adaptado para cadeirantes).
Durante essa viagem tive a certeza de que a vida é apenas uma questão de superação, pois quando temos determinação ninguém nos segura. A ida à São Paulo me proporcionou uma felicidade  enorme, me fez competir e aprender com belos exemplos de perseverança; me classificar para  o campeonato regional do meu Estado; fez-me viver aventuras tidas como novas experiências; conhecer e fazer novos laços de amizade; e também perceber que uma derrota nos ensina mais do que mil vitórias.
Um dia me disseram que só você pode escrever sua própria história, portanto, eu realmente estou escrevendo a minha.
Enfim, só quero agradecer a APAE por me dar a grande oportunidade de viver momentos incríveis, de poder interagir com atletas de todos os estados brasileiros, nossa, para eu ter participado das Paralimpíadas Escolares 2013 mesmo perdendo nas quartas de finais para o estado de Santa Catarina e não ganhando medalhas, já foi uma vitória imensa.


Valeu a todos que torceram e vibraram por mim, valeu gente, valeu São Paulo!




    







sábado, 11 de outubro de 2014

Concurso Jovem Senador

           Todos sabem que eu sou apaixonada pela escrita, pois é nela que tenho a liberdade de expressar minhas opiniões sobre as injustiças existentes no mundo e por adorar escrever, esse ano participei de um concurso de redação intitulado Jovem Senador.
O concurso proporciona a 27 estudantes de cada unidade federativa uma viagem à Brasília para vivenciarem o trabalho de senadores brasileiros, discutindo propostas relacionadas com o poder legislativo e assim com o consenso do senado criar projetos de lei baseado nos assuntos das respectivas redações.
O tema de 2014 foi “Se eu fosse um senador”, contudo, como sou uma jovem que luta por melhorias para os deficientes viverem dignamente em sociedade, me dediquei dois meses escrevendo uma redação que ressaltava sobre acessibilidade uma questão bastante importante para uma parcela considerável da população, mas já que não gera lucro e os governantes não necessitam dela, a maioria deles não dá a mínima atenção para a causa.
Foi frustrante e lastimável saber que a comissão julgadora do Acre e do Senado Federal escolheram vencedoras temáticas clichês, tal como: educação, saúde e segurança pública. Mas, eu sei que mesmo sem a ajuda do senado, eu vou realizar o meu sonho de ver o meu país totalmente acessível não só para deficientes, como também para os idosos e as grávidas.
Eis aqui a minha redação:


                O Ser e o clamor pela acessibilidade
             A expressão “ser alguém” traz uma ideia de permanência e “se eu fosse uma senadora” não expressa certeza. Em uma perspectiva temporal podem ser corrigidas para “estar alguém”. Isso significa adotar um perfil moral e ético em relação aos problemas sociais, políticos e econômicos. Quem “estar senador” tem que possuir princípios, que lhe permita compreender situações sensíveis como a dos deficientes que desde tempos semotos têm clamado pela acessibilidade visando sua adaptação, locomoção e inclusão no âmbito social. Historicamente é possível compreender que eles sempre estiveram à margem da sociedade e dos seus interesses.
          A sociedade por ignorância sempre provocou a exclusão social e a aniquilação das pessoas com deficiência. Na Grécia Antiga, Esparta possuía uma educação militarista rude. Resguardava o culto de um corpo atlético e perfeito, pois queriam transformar seus cidadãos em modelos de soldados, fortes e corajosos. Os deficientes recém-nascidos eram lançados ao mar ou de precipícios, já que este povo, baseados em suas crenças religiosas acreditavam muitas vezes que a criança deformada era uma maldição, mandada pelos deuses. A literatura medieval coloca os anões e os corcundas como focos de diversão dos mais abastados. Tribos indígenas, no Brasil, cruelmente, enterram vivos os excepcionais. Apesar da precariedade das épocas e povos, surgiram poetas, físicos, matemáticos e astrônomos, que superaram a deficiência e fizeram jus aos seus nomes.
        Na dinâmica da existência humana há espaço tanto para mudanças quanto para continuidades. Ser senador é poder compreender o suplício dos deficientes, abandonar a ignorância preconizada por nossos ancestrais, propor mudanças e dar continuidade a políticas que já funcionam. Porém, a integração de deficientes ao meio é um processo lento. E sem a força do senado, paulatinamente, permanecerá no estado em que se encontra, apesar de uma grande diversidade de ONGs e instituições se empenharem na criação de projetos e programas em prol da inclusão social.
        Atualmente, a escassez de rampas, transportes, banheiros acessíveis e rebaixamentos de calçadas acabam gerando exclusão de muitas pessoas. Esta precariedade descumpre a constituição brasileira, ao que se refere: o direito de deslocamento, defendido pela lei de ir e vir. Nesse sentido, o projeto jovem senador deve mobilizar a sociedade para uma conscientização mais ampla na luta das pessoas especiais pelo fácil acesso a todos os recintos.
           É necessário levantar uma bandeira em prol dos que clamam por esta causa  para que assim possa haver mudanças no cenário insatisfatório em que vivem as pessoas deficientes. Ética e moralmente, quem “estar senador” deve ser pró-ativo, disciplinado, comprometido, dinâmico, metódico, responsável, concentrado, honesto, ter a capacidade  de observação, distinguir e organizar prioridades assim, ser capaz de trabalhar para que se cumpram as leis vigentes na carta magna e buscarem com uma maior vontade política, criar projetos que permitam a adaptação, locomoção e inclusão social dos deficientes, atendendo ao clamor da acessibilidade.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Palavras: o consolo da existência


         Sabe quando o seu mundo parece desabar sobre sua cabeça? Quando você quer mais é sumir? Ficar longe dos ruídos que te atormentam em volta? É, têm dias que quero ficar assim: longe de tudo e todos.
         No meio de tantos problemas, tantos tombos ao longo do caminho, só as palavras me compreendem sabe? Pois são nelas que declaro meus medos, angústias e alegrias.
Algum tempo atrás, aprendi que ao escrever posso demonstrar os meus sentimentos, posso chorar, posso me recordar, eu posso simplesmente, reviver os meus melhores momentos. Descobri que para pessoas como eu, a vida possui um sentido maior quando você expressa seus sentimentos em um papel, um teclado, um espaço que é inteiramente seu, porque você decide o que será escrito e o que não será. Aprendi que com isso, é quase como dominar os próprios pensamentos e emoções. Aprendi que o legal é poder compartilhar o que há no seu interior com outras pessoas, fazendo com que elas possam se sentir bem lendo o que você transmite.
Eu entendi que esse é o meu espaço, uma parte do mundo em que eu vivo, um pedaço do meu sentimento transportado mundo afora, que ao ler um texto, você pode recordar com as mais claras e belas lembranças os momentos mais incríveis da sua existência. Escrevendo eu aprendi muito sobre como sou, como vou passar a agir, como vou me sentir, como vou aconselhar a mim mesma, porque a verdade é que eu me consolo com meus próprios textos.