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terça-feira, 25 de setembro de 2012

As precariedades



Numa tardezinha dessas, olhava a chuva cair vagarosamente, comecei a olhar pro nada e pensei: por que passamos por várias provações nesta vida? Por que a inclusão social está tão presente nos discursos verbalizados pela mídia e pelos políticos e não o vemos concretizados em nosso dia a dia? Por quê? Sabe! Em nossa caminhada tudo depende dessas perguntas que infelizmente nunca tem uma resposta concreta. Eu como cidadã me entristeço ao ver que o mundo onde vivo não atende minhas necessidades, ao ver que os governantes da minha cidade não se preocupam o quão é precário a situação de adaptações, que não atende sequer as necessidades de pessoas com limitações iguais as minhas.

Perdida por entre as sombras desse mundo severo e escuro, eu consigo observar a vida como ela é cheia de crueldades, tantos desrespeitos e violência que jamais iram deixar de existir contra seres indefesos e que nunca podem contar com seus direitos, porque nem sempre não são cumpridos, ou simplesmente serão esquecidos perante a sociedade por não colocarem em prática a lei.
O nosso país hoje implora por humanismo e compaixão, coisa que na realidade as pessoas nunca tiveram. Às vezes me revolto ao saber que existem por aí tantas crianças, jovens e mesmo adultos com alguma deficiência que nunca obterão o prazer de frequentar uma escola por motivo de um banheiro que não é acessível a eles, as salas de aula que são totalmente inadequadas pra comportar uma cadeira de rodas ou até mesmo a falta de uma interprete dentro desse ambiente, na questão de auxiliar os que não escutam.
Diante das infinitas durezas da vida eu sempre me questiono. Então por que pagamos os impostos? Será que são pros nossos nobres políticos nos roubarem ou para oferecer conforto as famílias existentes? Bom, acredito que esse dinheiro distribuído entre os estados visa impulsar uma melhoria na qualidade de vida da população, pra que agente possa desfrutar dos nossos direitos, mas isso infelizmente não acontece, por razão de estar fora de cogitação na mente dos queridos corruptos que se dizem trabalhar incansavelmente pelo povo.

Quem não deseja sair de casa, espairecer, dar uma volta pela a pracinha de seu bairro, ou centro num domingo na caída da noite? Ah! Tenho certeza que todos, inclusive nós!
Mas para os cadeirantes querer e ir, não são bem assim. É! Enfrentamos milhares de barreiras para colocar-nos nossos pezinhos e cadeiras de rodas fora de casa. Os obstáculos mais frequentes são: as ruas sequer pavimentadas; nas calçadas lugares altos sem rampas de acesso; alguns estabelecimentos públicos não oferecem serviços desse tipo e aí como resolver a situação? Única opção: Ficarmos aprisionados dentro de nossa própria residência, porque simplesmente as autoridades não estão incluindo as pessoas com deficiências nos projetos sociais da cidade ou país!
Meu objetivo com esta postagem não é criticar, nem julgar, mas tentar lembrar a sociedade e aos políticos da existência de uma parte considerável da população: as pessoas com deficiência que necessitam bastante de apoio além do emocional em prol delas. Pois ao meu vê esse assunto estar completamente esquecido, sem solução.
Então vendo esses lugares inacessíveis a mim, faço uma reivindicação em nome de todos os meus companheiros limitados por deficiências: Queremos um mundo cujo nossas acessibilidades sejam atendidas!


  Um forte abraço a todos! =D

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